domingo, 30 de maio de 2010

New wheels!

Eh, eh! Já estamos móveis! Depois de uma longa pesquisa lá acabámos por encontrara o carro ideal e ainda por cima um bom negócio. Quando a decisão estava tomada, por descargo de consciência fiz um última pesquisa mas, esqueci-me de dizer que queria carros em Sydney e tcha-nan! Apareceu aquele que se veio a tornar o nosso menino. Uns telefonemas, umas verificações na internet (cá pode saber-se muita coisa sobre um carro pela net) e depois de alguma negociação marquei o meu voo para Canberra. Assim, no Sábado passado (22/05) lá fui eu de manhã buscar o nosso carro a Canberra. A viagem fez-se muito bem (tem cruise-control o que dá jeito por cá) tirando a paragem para abastecimento. Pedi ao GPS para me levar à bomba mais perto o que implicou sair da estrada. Quando lá cheguei estava fechada e lá tive eu de ir para a próxima e assim se foi uma hora o que implicou chegar a casa já de noite. No Domingo, infelizmente, não pudemos dar o ansiado primeiro passeio. Cá as matrículas têm uma validade anual e a do nosso já tinha expirado por isso, não podíamos andar com o carro. Depois de termos passado a semana a tratar do novo registo do carro, que implica ter uma blue slip, uma green slip e uma pink slip (ridículo) para além de outras coisas, no Sábado lá fui para Maroubra mandar a primeira surfada de “cú” tremido. Yeeaahhh, freedom at last! À tarde fomos finalmente a Petersham o bairro Português de Sydney, incursão esta que será relatada em breve. Agora vejam a nossa “little mule”, um Nissan X-Trail que há de nos levar a muitos sítios. Uns acessíveis e outros menos.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Primo Italiano + Sydney Jazz Festival

Dificilmente poderia ter chovido mais do que choveu este fim-de-semana que passou... A chuva começou a cair na sexta-feira e só nos deu realmente descanso na tarde de domingo. Ainda assim, o mau tempo não nos conseguiu vencer e na sexta-feira fomos jantar com alguns amigos a um restaurante japonês que abriu recentemente em Sydney - Saké. O restaurante era muito trendy e nós ficámos numa espécie de sala semi-privada com uma decoração muito fashion (já que não gosto de japonês fixei-me em especial no ambiente!!). Lá me foram (literalmente) obrigando a experimentar uma ou outra coisa e vou ter que confessar que até gostei das entradas cozinhadas que me foram passando pela frente! No fim, depois de termos efectivamente largado "os dedos e os aneis", seguimos para o bar/disco Argyle, onde o Pedro foi "barrado" por não levar "calçado" adequado!!! A verdade é que os Australianos gostam de por o seu kit mais formal e ao mesmo tempo arrojado quando saem à noite: elas andam sempre de vestidos minimos (não entendo como fazem para evitar uma pneumoniazinha!!!) e sapatos de saltos altos impecáveis e eles gostam de por o seu blazer e um bom sapatinho bicudo! O Pedro, claro está, levava os seus tennis cor-de-laranja e castanhos que, embora muito modernos, claramente não convenceram a porteira. Quem nos salvou foi o Pedro (Araújo) que tinha um par de sapatos a mais no carro e os emprestou ao Pedro. Apesar deste pequeno contratempo, a noite no Argyle foi muito animada, e eu, finalmente, pude dar um "pezinho de dança", o que já não acontecia desde os tempos em que me despedi de Portugal.
No domingo (o sábado fica para um post especial!), apesar da chuva insistir em continuar a cair, decidimos ir espreitar o "Primo Italiano"!! Este evento que acontece anualmente em Sydney, no bairro mais italiano da cidade, conta com várias banquinhas de comida e produtos italianos, dj e concertos de música italiana (alguma bem pimba e pirosa!).
O Tony Carreira italiano!
Dali, seguimos a pé, quando a chuva finalmente nos deu tréguas, para o Sydney Jazz and Blues Festival, em Darling Harbour. Pelo caminho, passámos na St Mary´s Cathedral. (Agora um bocadinho de história especialmente para a Galvi que já revelou gostar bastante!!!): A St Mary´s Cathedral representa a origem da Igreja católica na Austrália. Esta catedral é um dos edificios históricos mais antigos da cidade e um dos mais genuinos exemplos no mundo do estilo gótico Inglês. Foi desenhada por William Wilkinson Wardell, um arquitecto do século 19, tendo levado 100 anos a ser construída. Infelizmente, não pudemos tirar fotografias dentro da catedral, mas asseguramos que é linda! Tivemos a sorte da nossa visita coincidir com um concerto de canto gregoriano, o que nos fez ficar por um largos minutos a apreciar a música. O nosso fim de tarde foi passado em Darling Harbour (uma espécie de marina), a ouvir dois concertos de música jazz, a apreciar o final do dia e a pensarmos na sorte que temos por estarmos juntos a viver esta experiência fantástica!!!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

17th Biennale of Sydney

No sábado combinámos um brunch em casa da Jacqueline e do Samuel. Eles vivem em North Sydney (ou seja, do outro lado da Harbour Bridge) e, como ecológicos e saudáveis que somos (LOL!), decidimos ir de bicicleta até lá. A verdade é que sempre quisemos passar a Harbour Bridge de bicicleta e, apesar do percurso ser mais de 10 km, acho que até se fez muito bem e vale mesmo a pena. Como diz o Samuel, sentimo-nos Reis! Um dos motivos que levou à combinação deste brunch é o facto de, muito possivelmente, a partir de Julho “herdarmos” a casa da Jacqueline e do Samuel (com praticamente tudo o que existe lá dentro), já que eles vão voltar para a Suiça. Gostámos muito da casa (que tem vista parcial para a Harbour Bridge) e acima de tudo, adorámos a zona! Mas como ainda não temos uma decisão final sobre este assunto, o melhor é não adiantarmos muito mais!

Os mais radicais escolhem a versão de passar efectivamente "por cima da ponte"!

No sábado foi também o dia em que a Jessica Watson, de 16 anos, regressou a Sydney, depois de 7 meses a viajar (non-stop) no seu veleiro cor-de-rosa à volta do mundo, tendo-se, por isso, tornado a mais jovem velejadora a conseguir tal “feito”! Mais de metade da população de Sydney e arredores estava na zona da Opera House para a receber em clima de festa! Foi uma homenagem bem merecida a esta miúda cheia de força e coragem! Nós ainda a conseguimos ver por entre as centenas de barcos que se juntaram a esta enorme recepção, enquanto nos passeávamos por baixo de casa deles.

À noite depois duma jantarada entre amigos, seguimos para a farewell party do Nick - um alemão que também já está de partida – um pouco ao estilo de festa de Erasmus (imagino eu!), cheia de alunos internacionais (conhecidos e desconhecidos) e muito álcool à mistura!!!

No domingo, programámos uma visita à 17.ª Bienal de Sydney. Um dos principais locais onde decorre este enorme evento de arte contemporânea, que conta com quase 200 artistas, de mais de 30 países, é a Cockatoo Island, uma ilha no meio do Sydney harbour, e que em tempos foi uma prisão e uma doca para construção e reparação de navios. A organização tem um ferry disponível que leva os visitantes num passeio muito simpático de apenas 20 minutos até à ilha.

A ideia para a localização do evento não podia ser melhor, já que a integração das obras de arte nos edifícios que compõem a prisão e a doca resulta na perfeição. A exposição inclui quadros, filmes e instalações que revelam a interpretação particular dos seus autores da realidade contemporânea e da civilização e valores ocidentais. Aqui ficam algumas das obras que andámos a ver.

Jumping Castle War Memorial (2010), Brook Andrew (Austrália): castelo insuflável de 7 metros, que representa as vitimas esquecidas de genocídios. To jump or not to jump, that is the question?

Kasbah, Kader Attia (França): instalação composta por diversos telhados de alumínio que a autora foi recolhendo e que visa reflectir as más condições em que vive parte da população mundial. Os visitantes são efectivamente convidados a atravessar a sala por cima desta enorme instalação.

Inopportune: Stage One, Cai Guo-Qiang (China): instalação de 9 carros suspensos no tecto, que aparenta ser uma sequência animada de explosões.

My Hubble (the universe turned in on itself), Peter Henessey (Australia)

Chitters: A Wheelbarrow for Richard,156 Paintings, 156 Signs, Robert McPherson (Australia): reprodução num gigante painel negro de inúmeras terminologias relativas a paisagens, que o autor foi recolhendo nas suas viagens pela Austrália.