(New) Home Sweet Home!

A “pedido de muitas famílias” e já com algum atraso, finalmente publicamos algumas fotografias da nossa nova casa.

Antes de perguntarem por que é que nos mudamos, aqui ficam as explicacoes.

Varias razões contribuiram para a nossa mudanca. Antes de mais, o contrato de arrendamento da nossa anterior casa era apenas por 6 meses, por isso tínhamos mesmo que sair! Por outro lado, a renda que pagavamos era uma pequena fortuna e um rombo nas nossas economias ao fim do mês, em parte porque a casa era (bem) mobilada, mas tambem porque a zona (Double Bay) nao era especialmente barata (alias por cá ficámos a saber que aquela zona é conhecida por - “Double Bay, double pay”!! LOL!).

Anyway, a escolha desta casa em particular ficou a dever-se a vários factores: antes de nós nos mudarmos, vivia aqui um casal de amigos nossos suíços (a Jacqueline e o Samuel, que já tiveram direito a umas quantas “aparições” e referências no nosso blog) que, infelizmente, nos abandonaram em Julho. Assim, em vez de nos lançarmos para o infernal e competitivo processo de procura de casa em Sydney, optámos por esta solução muitíssimo mais fácil de arrendarmos a casa deles. Com isto veio igualmente uma outra vantagem: já que desta vez queríamos uma casa não mobilada (pelo facto de, feitas as contas, no final ser uma opção mais barata), compramos-lhes praticamente tudo o que eles cá tinham, o que nos evitou a grande dor de cabeça de ter que ir comprar tudo e mais alguma coisa. Claro que já fizemos algumas (bastantes, diga-se mesmo!) alterações à casa, para a sentirmos mais como nossa. Assim, já me estreei - com sucesso - no ebay a vender umas quantas coisas, que substituimos por outras que compramos nessa grande “instituição” que é o Ikea!! A somar a tudo isto, o Pedro tem a vantagem de ficar muito mais perto do trabalho dele!

Para os interessados, aqui fica a nossa nova morada: 1/12 East Crescent Street, 2060 McMahons Point

Mas chega de conversa e vejam então o actual “palácio” dos Jardins! :)

A Sala

As minhas actuais concorrentes: a salva, a salsa e o alecrim que o Pedro plantou e a quem actualmente dedica mais tempo do que a mim!!

A cozinha

O nosso quarto

O escritório que se transforma em quarto de visitas!

A vista parcial para a Harbour Bridge da nossa sala (o nosso spot para ver o fogo de artificio no fim de ano)

Mal saímos de casa a vista é esta...

O caminho sempre junto à baía que fazemos nas nossas corridas matinais

O ferry que nos leva até ao CBD em 7 minutos (é o meu momento zen do dia!!!)

Wallabies and Honey Mooners...

No fim-de-semana passado fomos ver os Wallabies. Desta vez não eram os animais mas sim a selecção de rugby da Austrália, que por acaso também são uns animais! O jogo não podia ser melhor, o último do torneio das 3 nações contra a Nova Zelândia! Infelizmente os All Blacks fizeram o Haka de costas para nós mas, não deixa de ser lindo ver isto ao vivo. A provar isto a quantidade de flashes que vinham das bancadas. O jogo foi renhido e para variar os All Blacks ganharam mas, só por causa da quantidade de pontapés falhados pelos Wallabies. Que desperdício!

Mas o jogo não foi a única coisa que aconteceu no sábado. De manhã e porque a Leonor tinha aulas fui com os “Leitões” para Maroubra onde o John se iniciou de uma forma dramática ao surf partindo a prancha alugada ao meio. Mais impressionante que isto foi o facto de não ter pago nada e de lhe terem dito para lá voltar para a próxima. Devem querer mais pranchas partidas.

Da praia seguimos para casa da Annabelle onde nos encontrámos com ela, com a Charlotte, com o Christophe e com o Louis que também vinham ao jogo. Depois de um fabuloso BBQ (a Leonor juntou-se a meio) onde mais uma vez a Isabel se pode deliciar com a sua mais recente paixão, carne de canguru, seguimos então de barriga cheia para o jogo. Como o bilhete inclui os transportes públicos encontrámo-nos em Central Station com a Camille, amiga dos “Leitões” que também vinha assistir ao jogo e que protagonizou um momento bem tenso quando enfiou um pé entre a plataforma e o comboio e quase caiu lá abaixo. No fim, foram só umas arranhadelas. Vá lá...

O resto da semana foi bastante agitado tendo incluído, para além de uma ida ao cinema ver “Despicable Me” (muito giro), variados jantares com os Honey Mooners que vieram para estes lados do mundo. Quarta-feira foi com a Filipa e o Tiago Graça que neste momento estão a viajar pela Austrália e na quinta e sexta-feira com a Patrícia e o Abel Mendonça que se encontram agora na Nova Zelândia.

Depois do jantar de sexta ainda seguimos para um bar muito trendy com a Isabel e com o John tendo-se juntado os Francius. À Porta a Leonor quase foi barrada porque tropeçou e foi contra a Isabel. O porteiro achou que ela estava alcoolizada e preparava-se para não a deixar entrar não tivesse a Leonor provado o seu estado de sobriedade com válidos argumentos e uma dicção nada enrolada.

This could be heaven or this could be hell!

Tal como o “Hotel California” mas por diferentes razões, este país pode ser “heaven or hell”. Como sempre gostei de deixar o bom para o fim, comecemos então uns quilómetros debaixo do chão, com Lúcifer como anfitrião.

Toda esta fase começa (e acaba) no momento em que se aluga ou compra um carro. É que já fomos multados pelas mais variadas razões!

A nossa primeira multa Australiana foi há um ano quando cá viemos de férias. Íamos na auto-estrada e vimos umas placas a dizer que estávamos a chegar a umas portagens. Andámos, andámos e nada, não havia portagem. Muito tugas ficámos todos contentes a achar que já nos tínhamos safado. Passados uns meses recebemos uma carta em casa com a multa por passar na portagem sem pagar. Acontece que por cá a grande maioria das portagens são do tipo via verde e não há alternativa. Quem não tem o identificador, depois tem de ligar para um número a dizer que passou em tal sítio a tal hora e regularizar a situação. Por total desconhecimento, nós obviamente não fizemos isto.

Entretanto já fomos multados porque o “ticket” de estacionamento tinha expirado há 15 minutos e porque íamos 10 km/h acima do limite de velocidade. Mas as que mexeram mais comigo foram sem dúvida as duas últimas.

No fim-de-semana em que mudámos de casa vínhamos com o carro cheio. Para o descarregar deixei o carro num sítio proibido. Diga-se que era Domingo à noite, o carro não interferia com a circulação, não estava em segunda fila nem em cima do passeio e não havia ninguém na rua. Descarregámos o carro, levámos as coisas para casa e meia hora depois, quando voltei para arrumar o carro num sítio permitido, tinha sido multado e na ordem das duas centenas. Passei-me!

Mas aquela que me fez mesmo perder as estribeiras foi a última. O dia era o do BBQ em Coogee (já relatado). Depois de muito procurarmos por um lugar que não tivesse limite máximo de tempo e que fosse gratuito, lá encontrámos um que para além de ser isto tudo ainda era ao lado do sítio onde se daria o evento. Orgulhosamente estacionei o carro, tirei o kit BBQ e seguimos para a grelha. Passado algum tempo tive de ir ao carro. Qual não foi o meu espanto quando descobri que tinha sido multado outra vez! De cabeça perdida fui à procura de uma placa que me explicasse a razão de ser daquela multa. Lá acabei por encontrá-la e confirmava-se que não só estes lugares eram gratuitos como também não tinham limite de tempo. Excluídas estas duas razões motivadoras de multa descobri que tinha sido multado por ter estacionado com a frente para o passeio em vez de ser de marcha atrás! Que desespero! Vai-se lá entender esta regra!

Enfim, àqueles que cá vierem, fica desde já prometido um briefing sobre interpretação de placas de estacionamento. Os mais sensíveis e especialmente os Lisboetas deverão vir preparados para verem muitos bons lugares desperdiçados por serem proibidos. Devo dizer que é de partir o coração!

Naquela zona a que dão o nome de céu estão outras duas situações igualmente incríveis.

Um destes Sábados chegámos a casa por volta das 6h da tarde. Vínhamos carregados com algumas tralhas e com a pranche de surf. Entrámos atabalhoadamente em casa e fomos à nossa vida: descansar um bocado, tratar do jantar, ir para o sofá ver um filme, adormecer no sofá, arrastarmo-nos até à cama e dormir até ao dia seguinte. Até aqui tudo normal... No Domingo acordámos e quando íamos a sair de casa a Leonor ouve-me perguntar “Leo! Vieste abrir a porta!?”. “Não, porquê?” ouvi eu de volta. Enfim, a porta tinha ficado aberta a tarde e a noite toda com uma mesinha mesmo em frente com as chaves de casa e do carro, com a minha carteira e com o Blackberry. Incrível! Não faltava nada!

O extremo celestial deu-se quando voltámos do fim-de-semana com as baleias. Na segunda-feira seguinte dirigi-me ao carro e à distância vi que tinha um papel no vidro que me levou a pensar que tinha sido multado outra vez. Cheguei lá e era um bilhete deixado por um tal de James a deixar o seu telemóvel e a pedir-me para lhe ligar. Dei uma volta ao carro a achar que o ia encontrar todo partido mas, não tinha nada. Quando finalmente lhe consegui ligar ele lá me explicou que na noite anterior quando voltava para casa viu o saco de uma câmara junto ao porta-bagagens. Sim! Deixámos a máquina fotográfica (a Canon SRL e as duas objectivas) na rua depois de termos descarregado o carro! O James apanhou-a, levou-a para a casa e voltou ao carro para deixar o bilhete! No doubt this is also heaven!

Para que não seja só texto, aqui ficam algumas imagens de Domingo, passado entre o nosso bairro, a praia de Bronte e o Opera bar com o mais recente casal chagado à Austrália, Isabel Cardim e John Leitão, o casal Vozone, a Annabelle e a Charlotte entre outros.

Esta já foi na segunda-feira, no último dia da Marion por cá