terça-feira, 29 de junho de 2010

A 1.ª visita

Os meus exames e trabalhos acabaram finalmente! Quer dizer mais ou menos… Decidiram pregar-me uma partida pois quando eu achava que, finalmente, estava de férias, recebo um mail a avisar que tinha um pré-course assignment para entregar no dia 8 de Julho (para uma cadeira do 2.º semestre). Mas pelo menos as aulas acabaram!
Na semana passada, para além dos jogos de Portugal e dos meus exames, o grande acontecimento foi a mudança de Primeiro Ministro da Austrália, completamente inesperada. Tudo não passou duma mera estratégia política. O anterior Primeiro Ministro Kevin Rudd, líder do labour party, estava com o nível de popularidade mais baixo de sempre, em consequência , nomeadamente, do novo imposto sobre as actividades mineiras. Tendo em conta que há eleições para o ano que vem, o partido decidiu que estava na hora do substituir, sob pena das eleições poderem estar perdidas. Quem subiu ao poder foi a braço direito dele, Julia Gillard, a primeira mulher a ocupar o cargo de Primeiro Ministro na história da Australia. Toda esta mudança repentina, foi estranhíssima, pelo menos aos olhos de qualquer europeu! A boa notícia é que a minha mãe chegou este domingo, por isso estou feliz da vida! Ainda não eram 6 da manhã em Sydney e lá estávamos nós no aeroporto, à espera do avião da BA vindo de Singapura. Depois de matarmos as saudades e de receber os presentes da família (assim vale a pena estar longe ;) ) decidimos seguir até às praias a norte de Sydney. Como era fim-de-semana e o Pedro estava connosco dava para nos aventurarmos de carro para fora de Sydney (eu ainda não me oriento a guiar com o volante à direita). Assim, fomos até Palm Beach aproveitar o dia de sol fantástico, depois de termos parado em McMahons Point (para mostrar o nosso futuro “bairro de acolhimento”), Kiribilli e Avalon Beach. De tarde fizemos uma visita ao Ku-ring-gai Chase National Park e depois duma paragem para um capuccino num simpático café com vista para o mar em Balmoral, acabámos o dia em Watsons Bay a ver o por-do-sol. Claro que depois dum dia como este, às 8 da noite estávamos os 3 de rastos. O segundo dia foi preenchido com um programa o mais turístico possível: Botanical Gardens, Sydney Opera House e CBD. O final do dia foi acabado no cabeleireiro. Como não cortava o cabelo desde que saí daí (podem imaginar como estava comprido) fui arrastada para o cabeleireiro e levei o maior corte dos últimos anos! Hoje também nos fartámos de passear – fizemos um passeio ao longo da costa, desde Bondi Beach até Clovelly! Quase 8 km a andar! Os próximos dias serão passados de “papo para o ar” em plena Great Barrier Reef! Para finalizar só posso acrescentar: Allez Portugal allez, allez! Vamos lá ganhar aos Espanhois!

domingo, 20 de junho de 2010

Desde o VIVID Sydney... Até ao primeiro jogo de Portugal

Com certeza que já repararam que temos andado um pouco silenciosos... Ou será que não repararam? Bem, não temos a certeza porque também não sabemos se alguém (salvo honrosas excepções) ainda nos acompanha já que nunca temos comentários.

Bem... Voltando ao propósito do blog que é manter um registo das nossas andanças há que dizer que o nosso silêncio é justificado por muito trabalho de parte a parte. A Leonor com os exames à porta e eu com 3 projectos da Nespresso numa fase crítica. Mas, mesmo assim temos coisas para contar.

No dia 9 fomos com uma grupo de amigos ver um clássico do mundo do showbizz: “CATS” do Andrew Loyd Weber. O que é o “CATS”? Estou certo não ser necessário explicar aos nossos cultos (e curtos?) leitores. A sala, bem gira, faz parte de um complexo enorme que inclui um casino, um hotel, serviced apartments, centro comercial e sei lá mais o quê. Como não podia deixar de ser adorámos! Os cenários são brutais e os músicos muito bons. Houve no entanto uma cena que eu que nunca tinha visto estranhei e que segundo a Leonor não fazia parte do original. Tratando-se de uma data de “gatos” vestidos tipo Mongóis, concluímos que seria uma adaptação, diga-se um pouco triste, para tentar atrair os milhares de Asiáticos que há por estas bandas. Mas o que importa mesmo é que foi um momento muito bem passado ao qual se seguiram umas jolas no sports bar do casino. Este grande estabelecimento tem um ecrã gigante com bancadas para se ver os jogos do mundial e sempre que uma equipa joga há cerveja do país. Claro está que é lá que vamos ver o Portugal Brasil a beber umas Sagres!

E depois chegou o sábado! As previsões para o Surf eram brutais e por isso arranquei para as praias do Norte. Claro está que, como a expectativa e esperança eram muito grandes, o que encontrei era uma porcaria ao ponto de hesitar se entrava ou não. Mas, pelo menos deu para descobrir alguns spots que devem ser muito bons com as condições certas... No domingo, continuando o surf mau, resolvi comprovar a minha teoria: é a coisa mais fácil do mundo arranjar um barco para andar à vela por estas bandas. Desta vez foi um 45 pés todo kitado (o mastro era de carbono) e a regata já era com spi e por isso muito mais gira. Não correu bem mas foi uma manhã muita bem passada seguida de um almoço no clube com a Leonor que interrompeu os estudos e veio lá ter para aproveitar o sol.

Como a Rainha fez anos na segunda-feira foi feriado (parabéns e obrigado). Vai-se lá perceber muito bem porquê eles celebram este dia mas felizmente isso implica ter um fim-de-semana prolongado, um dos poucos que há por cá. Assim, aqui o casal que não sabe estar parado aproveitou para ir à Art Gallery of New South Wales ver uma exposição de fotografia. Chegámos lá nas nossas binas e depois dumas voltas a ver as exposições permanentes concluímos que a exposição do Alfred Stieglitz, “The Lake George years” ainda não tinha começado. Ficámos chateados? Não! Estava um grande dia para passear e por isso lá fomos nós a pedalar até à Queen Street para uma explanada que descobrimos e onde comemos um panini óptimo e mais uma vez aproveitámos o sol ao máximo. Diga-se que já está frio mas por cá durante o Inverno se não estiver vento e se se estiver ao sol dá para estar de t-shirt! Maravilha!

O jogo de Portugal, de tão mau que foi, não merece um post próprio. Antes de irmos para casa do Nuno e da Cátia, que reuniram uns quantos Portugueses, o Pedro Araujo veio cá jantar. Depois do belo rolo de carne e de um arrozinho de cenoura (tinha de ser bem tuga!) lá fomos nós ver o único jogo em que não se ouviam as vuvuzelas. Bem, à conta dos nervos eu pelo menos não ouvi... Vamos lá ver se nos próximos dois eles resolvem correr. É capaz é de já ser tarde!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Vivid Sydney

Até ao final de Junho a cidade de Sydney está especialmente… iluminada! A causa chama-se Vivid Sydney! O Vivid Sydney é um evento de luzes, música e ideias, organizado pela grande lenda do rock Lou Reed. O Vivid Sydney inclui concertos, cinema, teatro e artes visuais. Todas as noites até ao final do evento os principais edifícios históricos da cidade tornam-se “vivos” devido às espectaculares projecções de luzes e cor. Estas iluminações visam igualmente celebrar e relembrar a importância do Governador MacQuarie para o desenvolvimento do estado de New Sout Wales. Na verdade, as grandes infra-estruturas e edifícios (desde igrejas, escolas, hospitais, estradas, bancos, entre outros) de New South Wales são obra deste Governador e o resultado do seu espírito empreendedor e visionário. Lachlan MacQuarie esteve também envolvido em dezenas de acções de beneficência, sendo-lhe atribuída a célebre (na Austrália) expressão fair go: os condenados ingleses que participassem nas obras públicas do estado de NSW recebiam em troca a sua liberdade. A sua mulher teve igualmente um papel preponderante nesta cidade, tendo contribuído activamente para o desenvolvimento dos Botanical Gardens e para a promoção da literatura na Austrália , enquanto colónia. Assim, na sexta-feira à noite o Pedro foi-me buscar DE CARRO à faculdade para irmos ver as famosas iluminações dos edifícios. Aqui ficam algumas fotografias:

No sábado, à tarde, depois duma manhã de estudo para mim e de surf para o Pedro, fomos até Petersham, mais conhecido pelo bairro Português. Ficámos mesmo surpreendidos, pois aqui é tudo realmente português: os restaurantes têm nomes, comida e ementas em português, nos supermercados há produtos portugueses à venda – desde Sumol, Cerelac, Nestum, azeite Galo, cerveja Sagres – os cafés vendem bolos típicos das pastelarias portuguesas, e na rua não se fala inglês, mas sim… Português. Bandeiras encarnadas e verdes e galos de Barcelos estão expostos em tudo o que é loja ou café!O bairro em si é muito.... "desanimador", mas valeu a pena a visita para comprar alguns produtos nacionais que sempre ajudam a matar as saudades de casa!

As nossas "aquisições"

No domingo, o Pedro participou num torneio de futebol “entre nações”, em representação do nosso país! O torneio foi organizado pela Football United NSW, uma fundação de caridade que dá apoio a crianças emigrantes e indígenas carenciadas. Os lucros do torneio serviram para financiar a participação destas crianças no “FIFA Football for Hope Festival” na África do Sul. Participaram neste torneio equipas dos quatro cantos do mundo e Portugal até não se saiu nada mal, já que chegou às meias finais, mas acabou por ser eliminado pelo Afeganistão.